quarta-feira, 8 de maio de 2013

Aula 8 – Filo Porifera


 (Módulo V: Filo Porifera)

Reino Animal
         Os animais são organismos eucariotos, heterótrofos, sem parede celular e pluricelulares. Como são heterótrofos, tal condição contribui para desenvolvimento de estratégias de captura de alimento e desenvolvimento de estruturas sensoriais.
Podem apresentar simetria radial (partes se repetem ao redor de um eixo central), sendo esta mais comum em formas sésseis (ex. cnidários, equinodermos), ou simetria bilateral (corpo pode ser dividido em duas partes simétricas) que está associada ao processo de cefalização e movimento unidirecional.
O Reino Animal também pode ser chamado de Reino Metazoa e é dividido em dois sub-reinos: Parazoa e Eumetazoa. No sub-reino Metazoa encontram-se os organismos do Filo Porifera

Filo Porifera
            Os poríferos, mais conhecidos como esponjas, são animais de simetria radial ou assimétricas. São animais sésseis (fixos em um substrato), aquáticos (de água salgada ou água doce), pluricelulares e que não apresentam tecidos verdadeiros. Existem cerca de 10  mil espécies com uma variação grande de tamanho, cores e formas

Organização
            As esponjas são animais filtradores dotadas de pequenos poros na parede de seu corpo, por onde a água entra. A água desemboca em uma cavidade maior chamada átrio ou espongiocele (que não é a cavidade digestiva do corpo) que se abre para o exterior por um orifício chamado ósculo.
            Tais animais não possuem tecidos verdadeiros, mas na parede do seu corpo estão presentes tipos celulares diferenciados:
·         Pinacócitos – são células que revestem externamente o corpo da esponja.
·         Porócitos – células em formato de tubo que constituem os poros.
·         Coanócitos – células flageladas responsáveis pela circulação da água e absorção de partículas.
·         Amebócitos/arqueócitos -  células indiferenciadas que podem gerar outros tipos celulares e gametas na reprodução sexuada.
Além dos tipos celulares apresentados, as esponjas podem apresentar elementos esqueléticos como espículas (calcarias ou silicosas), fibras proteicas ou espongina.

Funcionamento
O funcionamento orgânico das esponjas depende da circulação da água que passa pelo seu corpo, trazendo partículas alimentares e oxigênio e retirando excretas e gás carbônico. Calcula-se que, em uma esponja de 10 cm de altura, passem  diariamente 95 litros de água através do corpo.
As correntes de água são formadas pelos batimentos dos flagelos dos coanócitos, Tais células também fagocitam as partículas, as levam aos amebócitos que as digerem, por isso a digestão é intracelular, ela ocorre no interior das células. Após a digestão, os nutrientes são transportados para cada célula daquele organismo por difusão, célula a célula.
As trocas gasosas e a eliminação dos excretas são feitas por difusão entre água e células. A água também tem papel circulatório já que estes animais não possuem sangue. Não existe sistema nervoso, as células respondem a estímulos individualmente.

Tipos Estruturais
Existem três tipos morfológicos de esponjas chamados de áscon, sícon e lêucon.
O áscon é o mais simples, onde os poros desembocam diretamente no átrio, com parede do corpo relativamente fina e átrio volumoso. O fluxo de água é lento já que o átrio contém água demais para ser levada rapidamente para fora através do ósculo.
O sícon e o lêucon apresentam estruturas mais complexas, os poros abrem-se para um intrincado sistema de canais e/ou câmaras que ocupam a parede do corpo, neste caso mais espessa, e que desembocam no átrio central. As esponjas em que as dobras da parede do corpo não são tão significativas são chamadas sícon. Nelas os coanócitos ficam em canais no interior da parede corporal chamados canais radiais. O mais alto grau de dobramento da parede do corpo é encontrado na forma de lêucon em que os canais radiais se expandiram de modo a formar pequenas câmaras flageladas esféricas e o átrio praticamente desaparece.
Observa-se que nos tipos mais complexos, as dobras aumentam a superfície da camada de coanócitos e a redução do átrio reduzem o volume de água, que assim circula de maneira mais rápida e eficiente. Assim, durante a evolução, o problema do fluxo de água e da área de superfície foram resolvidos.
Em linhas gerais as esponjas asconóides são de pequeno porte devido ao limitado número de coanócitos que forram o átrio. As siconóides e leuconóides são maiores.

Reprodução
A reprodução assexuada das esponjas pode se dar por:
·         Fragmentação – ocorre quando pedaços da esponja são eventualmente separados do corpo, sendo que cada pedaço se regenera formando uma esponja inteira. As esponjas apresentam elevada capacidade de regeneração devido a independência e baixo grau de diferenciação de suas células.
·         Brotamento – a partir de uma esponja inicial surge um broto, que pode se soltar originando um novo individuo.
·         Gemulação – ocorre em esponjas de água em condições adversas. A gêmula é uma forma resistente  formada por um envoltório rígido com espículas com arqueócitos. Quando as condições se tornam favoráveis novamente, os arqueócitos se diferenciam originando uma esponja completa.
Já na reprodução sexuada há formação de gametas através de células da mesogléia (parede do corpo).  O espermatozóide sai da esponja pelo ósculo através da corrente de água e também pela corrente, penetram outras esponjas e são captados pelos coanócitos que os transferem até o óculo. A fecundação é interna, na mesogléia, e origina uma larva ciliada chamada anfiblástula que abandona o corpo da esponja. . Quando a anfiblástula se fixa num substrato, sofre metamorfose e se desenvolve num organismo adulto.

Importância
            As esponjas marinhas possuem grande importância ecológica, fazem simbiose com organismos fotossintéticos, abrigam grande comunidade de organismos aquáticos, servem de alimento para muitas teias alimentares. Também se associam a recifes de corais, abrigando e servindo de desova para grande diversidade de organismos.
            Algumas espécies, devido a substância proteica elástica, são utilizadas como esponjas-de-banho.

Para saber mais:



Exercícios da Apostila:

Módulo V – 1, 2, 3, 4, 5, 6, 8, 9, 10, 11, 12






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