(Módulo V: Filo
Porifera)
Reino Animal
Os animais são
organismos eucariotos, heterótrofos, sem parede celular e pluricelulares.
Como são heterótrofos, tal condição contribui para desenvolvimento de
estratégias de captura de alimento e desenvolvimento de estruturas sensoriais.
Podem
apresentar simetria radial (partes
se repetem ao redor de um eixo central), sendo esta mais comum em formas sésseis
(ex. cnidários, equinodermos), ou simetria
bilateral (corpo pode ser dividido em duas partes simétricas) que está
associada ao processo de cefalização e movimento unidirecional.
O
Reino Animal também pode ser chamado de Reino Metazoa e é dividido em dois
sub-reinos: Parazoa e Eumetazoa. No sub-reino Metazoa encontram-se os
organismos do Filo Porifera
Filo Porifera
Os poríferos, mais conhecidos como
esponjas, são animais de simetria radial ou assimétricas. São animais sésseis (fixos em um substrato),
aquáticos (de água salgada ou água doce), pluricelulares
e que não apresentam tecidos verdadeiros.
Existem cerca de 10 mil espécies com uma
variação grande de tamanho, cores e formas
Organização
As esponjas são animais filtradores dotadas de pequenos poros na parede de seu corpo, por onde
a água entra. A água desemboca em uma cavidade maior chamada átrio ou espongiocele (que não é a
cavidade digestiva do corpo) que se abre para o exterior por um orifício
chamado ósculo.
Tais animais não possuem tecidos
verdadeiros, mas na parede do seu corpo estão presentes tipos celulares
diferenciados:
·
Pinacócitos – são células que
revestem externamente o corpo da esponja.
·
Porócitos – células em formato
de tubo que constituem os poros.
·
Coanócitos – células flageladas
responsáveis pela circulação da água e absorção de partículas.
·
Amebócitos/arqueócitos - células indiferenciadas que podem gerar
outros tipos celulares e gametas na reprodução sexuada.
Além
dos tipos celulares apresentados, as esponjas podem apresentar elementos
esqueléticos como espículas (calcarias ou silicosas), fibras proteicas ou
espongina.
Funcionamento
O
funcionamento orgânico das esponjas depende da circulação da água que passa
pelo seu corpo, trazendo partículas alimentares e oxigênio e retirando excretas
e gás carbônico. Calcula-se que, em uma esponja de 10 cm de altura, passem diariamente 95 litros de água através do
corpo.
As
correntes de água são formadas pelos batimentos dos flagelos dos coanócitos,
Tais células também fagocitam as partículas, as levam aos amebócitos que as digerem,
por isso a digestão é intracelular,
ela ocorre no interior das células. Após a digestão, os nutrientes são
transportados para cada célula daquele organismo por difusão, célula a célula.
As
trocas gasosas e a eliminação dos excretas são feitas por difusão entre água e células. A água também tem papel circulatório
já que estes animais não possuem sangue. Não existe sistema nervoso, as células
respondem a estímulos individualmente.
Tipos Estruturais
Existem
três tipos morfológicos de esponjas chamados de áscon, sícon e lêucon.
O
áscon é o mais simples, onde os poros desembocam diretamente no átrio, com
parede do corpo relativamente fina e átrio volumoso. O fluxo de água é lento já
que o átrio contém água demais para ser levada rapidamente para fora através do
ósculo.
O
sícon e o lêucon apresentam estruturas mais complexas, os poros abrem-se para
um intrincado sistema de canais e/ou câmaras que ocupam a parede do corpo,
neste caso mais espessa, e que desembocam no átrio central. As esponjas em que
as dobras da parede do corpo não são tão significativas são chamadas sícon.
Nelas os coanócitos ficam em canais no interior da parede corporal chamados
canais radiais. O mais alto grau de dobramento da parede do corpo é encontrado
na forma de lêucon em que os canais radiais se expandiram de modo a formar
pequenas câmaras flageladas esféricas e o átrio praticamente desaparece.
Observa-se
que nos tipos mais complexos, as dobras aumentam a superfície da camada de
coanócitos e a redução do átrio reduzem o volume de água, que assim circula de
maneira mais rápida e eficiente. Assim, durante a evolução, o problema do fluxo
de água e da área de superfície foram resolvidos.
Em
linhas gerais as esponjas asconóides são de pequeno porte devido ao limitado
número de coanócitos que forram o átrio. As siconóides e leuconóides são
maiores.
Reprodução
A
reprodução assexuada das esponjas pode se dar por:
·
Fragmentação – ocorre quando
pedaços da esponja são eventualmente separados do corpo, sendo que cada pedaço
se regenera formando uma esponja inteira. As esponjas apresentam elevada
capacidade de regeneração devido a independência e baixo grau de diferenciação
de suas células.
·
Brotamento – a partir de uma
esponja inicial surge um broto, que pode se soltar originando um novo
individuo.
·
Gemulação – ocorre em esponjas
de água em condições adversas. A gêmula é uma forma resistente formada por um envoltório rígido com
espículas com arqueócitos. Quando as condições se tornam favoráveis novamente,
os arqueócitos se diferenciam originando uma esponja completa.
Já
na reprodução sexuada há formação de gametas através de células da mesogléia
(parede do corpo). O espermatozóide sai
da esponja pelo ósculo através da corrente de água e também pela corrente,
penetram outras esponjas e são captados pelos coanócitos que os transferem até
o óculo. A fecundação é interna, na mesogléia, e origina uma larva ciliada chamada
anfiblástula que abandona o corpo da
esponja. . Quando a anfiblástula se fixa num substrato, sofre metamorfose e se
desenvolve num organismo adulto.
Importância
As esponjas marinhas
possuem grande importância ecológica, fazem simbiose com organismos
fotossintéticos, abrigam grande comunidade de organismos aquáticos, servem de
alimento para muitas teias alimentares. Também se associam a recifes de corais,
abrigando e servindo de desova para grande diversidade de organismos.
Algumas espécies, devido a substância
proteica elástica, são utilizadas como esponjas-de-banho.
Para
saber mais:
Exercícios da Apostila:
Módulo V – 1, 2, 3, 4, 5, 6, 8, 9, 10, 11,
12
Nenhum comentário:
Postar um comentário